[republicado com correcção ao texto]

Na passada sexta-feira, prosseguindo a sua ronda de contactos com os partidos políticos, o MDP (representado por Marcos Amaral, Luís Matias, Fernando Faria e Rui Martins) encontrou-se com a direcção do PURP: Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (Victor Serra, Fernando Loureiro e Amândio Cordeiro). A reunião correu de forma muito cordial e construtiva tendo sido abordados os problemas de reconhecimento mediático e de recursos que afectam os novos partidos assim como o extremo conservadorismo eleitoral luso.
A reunião terminou com o compromisso de realização de encontros regulares entre o MDP e o PURP tendo ficado já agendada a seguinte para o final do mês de maio.
De uma breve leitura dos estatutos do PURP salientamos o ponto 2 onde se proclama que os seus militantes embora sejam “predominantemente aposentados” não têm, de facto, de o ser. O PURP (art.3) admite a existência de “correntes de opinião” o que é um sinal de respeito perante a pluralidade de ideias e opiniões dentro do partido e limita os mandatos dos eleitos a dois mandatos (em órgãos internos) ou a quatro anos (em eleições externas) o que se configura como um mecanismo contra a forma de caciquismos ou aparelhos consolidados. O PURP prevê o pagamento de quotas aos seus militantes, no que diverge das propostas do MDP, mas não as liga a capacidade eleitoral dos militantes (esse ponto não está explicitamente descrito nos estatutos presentes no site mas foi confirmado por militantes do PURP). Os seus congressos são também, apenas, presenciais assim como os votos, o que também coincide com as propostas do MDP. Saudamos a referencia a Primárias abertas a simpatizantes para a escolha de candidatos a cargos electivos nacionais, regionais ou locais assim como a existência de uma previsão à realização de referendos a militantes os quais, contudo, são apenas vinculativos quando participarem mais de 2/3 dos militantes.
(brevemente o MDP irá realizar – no âmbito do seu Observatório da Democracia Interna dos Partidos – análises comparativas dos estatutos dos vários partidos portugueses)
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