“Os resultados eleitorais publicados nas Eleições para o Parlamento Europeu de junho de 2024 incluem uma determinada percentagem de votos em mobilidade. Nas grandes cidades houve mesas onde estiverem membros do MDP que registaram mais de 50% dos votos em mobilidade.

Na mesa onde exerci as funções de escrutinador no Liceu Filipa de Lencastre (Lisboa) metade dos 380 “votantes” (termo usado pela CNE para estas eleições) votaram em mobilidade. Desta metade de votos em mobilidade cerca de metade correspondiam a eleitores das freguesias limítrofes ou que pertenciam a outras secções de voto do Filipa (ou seja: que pertenciam à mesma assembleia de voto). A outra metade estava recenseada num conjunto “aleatório” de concelhos e freguesias indo os eleitores mais jovens e em idade universitária desde Estocolmo, passando por Braga e Coimbra, Faro, Covas do Barroso, Évora, Madeira, Almada, Sintra e outros concelhos dispersos um pouco por todo o país.

Noutras mesas, falando com outros escrutinadores a percentagem foi idêntica pelo que não é difícil extrapolar que a realidade foi idêntica para – pelo menos – a cidade de Lisboa. Se a CNE fez algum tipo de estudo este não consta do seu site https://www.cne.pt.

Mas seria interessante ter acesso a estes dados que foram, de facto, registados e que deveriam estar disponíveis para acesso por investigadores e pelos partidos políticos e candidatos às eleições.”

Esta sugestão foi enviada à CNE.
(opinião de Rui Martins)

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Carole Pateman
“Participação e Teoria Democrática” (1970)