​​Introdução

Num contexto de crescente polarização política e transformação digital da esfera pública, as redes sociais desempenham um papel cada vez mais central na formação de comunidades ideológicas, na mobilização cívica e na construção de identidades políticas. Entre estas plataformas, a rede X (antigo Twitter) destaca-se como espaço privilegiado para a expressão de preferências partidárias, debates sociopolíticos e ativismo digital. Esta análise do https://movimentodemocraciaparticipativa.org/ visa compreender os perfis sociológicos e discursivos dos seguidores dos principais partidos políticos portugueses com presença significativa nesta rede, a partir da leitura sistemática das suas biografias públicas, padrões de linguagem, símbolos partilhados e alinhamentos ideológicos sugeridos a fim de criar uma fotografia os partidos políticos portugueses com representação parlamentar.

Através da observação comparada das contas no X que seguem partidos com assento parlamentar, este estudo procura identificar não apenas categorias socioprofissionais predominantes, mas também traços de estilo comunicacional, valores culturais, padrões discursivos e níveis de militância. A análise recorre a métodos mistos – quantitativos (quantificação de profissões e tons linguísticos) e qualitativos (interpretação simbólica e ideológica) – e é complementada com visualizações gráficas, como nuvens de palavras, gráficos comparativos e mapas de hashtags.

Este estudo (que se somará aos estudos MDP que já estão disponíveis em https://movimentodemocraciaparticipativa.org/category/estudos/ permite, assim, lançar luz sobre como os partidos políticos em Portugal se projetam através dos seus seguidores, oferecendo uma perspetiva inédita sobre a composição e o imaginário simbólico das suas bases digitais em particular na rede social X. Ao traçar os perfis coletivos que orbitam cada força partidária, abre-se caminho para uma leitura mais rica da paisagem política contemporânea, não apenas pelos votos que cada partido recebe, mas pelas vozes que escolhem amplificar os seus conteúdos no espaço público digital.


INICIATIVA LIBERAL
88.5 mil seguidores

A análise dos seguidores da Iniciativa Liberal (IL) na rede X (antigo Twitter) revela um grupo caracterizado por elevado interesse em tecnologia, economia, liberdade individual e crítica ao status quo estatal. Os perfis destacam-se pelo tom assertivo, técnico e frequentemente sarcástico, refletindo os traços ideológicos típicos de um liberalismo contemporâneo com forte expressão digital.

Categorias Socioprofissionais
Os seguidores da IL apresentam uma grande diversidade, com predominância em setores ligados à economia, tecnologia e empreendedorismo:
Profissionais da tecnologia: Programadores, engenheiros de software, administradores de sistemas e especialistas em segurança da informação são numerosos. Exemplos incluem @ordepdev (developer), @BaiaVieira (compliance e data center), e @ruicruz (sysadmin e diretor do Tugaleaks).
Juristas e advogados: Perfis como @oliveira_fj e @Tomasson28_ demonstram uma representação significativa de profissionais do direito.
Empreendedores e consultores: Desde arquitetos (@archidasilva) até consultores de comunicação (@joliveira), revelando uma afinidade com a lógica meritocrática e empresarial.
Académicos e autores: Incluem economistas e intelectuais públicos, como @pimenteljm (economista, podcaster de “Política a 45 Graus”).
Estudantes e autodidatas: Alguns perfis (ex.: @DavidAzevedosp, mestrando em Ciência da Computação) mostram interesse em ciência e pensamento crítico.
Criadores de conteúdo e produtores audiovisuais: @GutoMotta é um exemplo do envolvimento artístico da rede.
Linguagem nas Biografias
Tom dominante:
Técnico e direto: Muitos perfis usam listas concisas de competências e áreas de atuação, sem adjetivos ideológicos explícitos.
Irónico e provocador: Aparecem expressões e nomes de utilizador que brincam com ideologias (“Analfabeto Reaça”, “job: meme roundtripper”).
Militante light: Embora pouco institucional, há menções a valores como “liberdade”, “princípios imutáveis” e “liberdade de expressão”.

Temas recorrentes:
Tecnologia, criptografia, Bitcoin e IA.
Economia e política pública com foco na reforma do Estado.
Crítica ao socialismo, coletivismo e dependência do Estado.
Identidade digital, meritocracia e individualismo.

Traços Comuns e Padrões Discursivos
Expressões e hashtags recorrentes:
“Menos Estado, mais liberdade”, “livres e responsáveis”, “Don’t tread on me”.
Emojis usados: 🐍 (libertário), 🇵🇹🇪🇺🇺🇸 (valores ocidentais), 💼 e 💻 (profissões técnicas).
Algumas bios incorporam slogans clássicos do liberalismo ou frases em inglês (“adjust to changing times”, “unchanging principles”).

Autoidentificação:
Muitos usam expressões como “liberal”, “defensor da liberdade”, “consultor”, “empreendedor”, ou “cidadão responsável”.
Críticas ao Estado e apelos à eficiência pública surgem com frequência implícita.

Alinhamento Ideológico Sugerido
Filiados ou militantes: Poucos perfis se identificam como membros oficiais da IL, mas há claras referências a alinhamento programático, como a defesa do empreendedorismo, crítica a impostos, ou menções à liberdade económica.
Simpatizantes ideológicos: A maioria parece orbitar os valores centrais da IL, como o individualismo, responsabilidade pessoal e inovação.
Observadores e críticos liberais: Alguns perfis são de pensadores ou autores que discutem liberalismo com espírito crítico, sem filiação direta (ex.: @pimenteljm).

Perfis de Influência
Economistas e pensadores públicos:
@pimenteljm – autor e podcaster de política com ampla reputação na área de pensamento crítico.
Profissionais de tecnologia:
@BaiaVieira – ligado à segurança e compliance.
@ruicruz – ativista digital e defensor de direitos na internet.
Académicos e educadores:
@joseantonio11 – investigador em IA e tecnologia educacional.
Consultores e líderes de opinião em redes:
@joliveira – ativo em redes de voluntariado e comunicação.
@ordepdev – envolvido com a comunidade tecnológica do Porto.

Notas Adicionais
Humor e linguagem alternativa: Perfis como @Brunocaseiro77 ou @AnalfabetoReaca usam metáforas e frases de efeito não convencionais para expressar valores e críticas políticas.
Referências à cultura digital: A presença de termos como “Windows Insider”, “GDPR”, “meme roundtripper” e “Bitcoin” mostra uma comunidade altamente digitalizada.
Internacionalismo liberal: Uso frequente de inglês, citações de autores anglo-saxónicos e referências a Gary Kasparov ou Thomas Sowell.
Pseudónimos criativos e uso de emojis reforçam uma identidade digital solta e humorística.

Conclusão
A rede de seguidores da Iniciativa Liberal no X é marcadamente tecnocrática, cosmopolita e racionalista, com uma forte presença de profissionais das áreas de tecnologia, direito e economia. A linguagem é assertiva, com destaque para valores como liberdade individual, eficiência do Estado, inovação e responsabilidade. O humor, a crítica ao coletivismo e a defesa de reformas estruturais são elementos centrais do discurso desta comunidade, que combina pragmatismo com provocação cultural — uma verdadeira “rede liberal 2.0”.


CHEGA
84,7 mil seguidores

Com base na análise dos perfis públicos dos seguidores do partido CHEGA na rede X (antigo Twitter), é possível traçar um perfil sociopolítico e comunicacional desta comunidade digital:

Categorias Socioprofissionais

A diversidade profissional entre os seguidores do CHEGA é notável, abrangendo várias áreas:

Profissionais liberais e técnicos: Engenheiros, advogados, produtores audiovisuais e especialistas em tecnologia são comuns, indicando uma presença significativa de profissionais qualificados.

Estudantes e académicos: Alguns perfis mencionam afiliações a instituições de ensino superior, como a Universidade Federal de Goiás (UFG) e o Instituto Federal do Rio de Janeiro (CEFET-RJ), sugerindo uma presença de estudantes e ex-alunos de instituições de ensino público brasileiras na lista de seguidores do CHEGA.

Ativistas e influenciadores políticos: Perfis que se identificam como nacionalistas, monarquistas ou integralistas, frequentemente com forte presença online e engajamento em debates políticos.

Empresários e empreendedores: Alguns seguidores destacam-se como fundadores de negócios ou envolvidos em iniciativas empreendedoras, como lojas online.

Linguagem nas Biografias

As biografias dos seguidores apresentam uma variedade de tons e temas:

Tom informal e provocador: Uso de expressões coloquiais, humor negro e provocações políticas são comuns, refletindo uma abordagem muito confrontacional.

Referências religiosas e patrióticas: Muitos perfis incluem símbolos religiosos (como ✝️) e menções a valores como “Deus, Pátria e Família”, indicando uma forte identidade conservadora ou mesmo directamente ligada à ideologia do Estado Novo.

Expressões de identidade política: Termos como “sem mimimi”, “bolsonarista raiz” e “conservador” são frequentes, sinalizando um alinhamento ideológico claro com facções extremistas brasileiras.

Traços Comuns e Padrões Discursivos

Analisando os perfis, observam-se padrões recorrentes:

Hashtags e slogans: Expressões como “Make Europe Great Again” (MEGA>MAGA) e “sem mimimi” são utilizadas para transmitir mensagens políticas e culturais específicas.

Símbolos e emojis: O uso de emojis como bandeiras nacionais (🇧🇷, 🇵🇹, 🇮🇱) e símbolos religiosos reforça identidades e valores partilhados que extravasam a realidade portuguesa.

Autoidentificação ideológica: Perfis que frequentemente se descrevem com termos tais como “nacionalista”, “monarquista” ou “integralista”, evidenciando uma autoidentificação política explícita com ideologias e pensamentos associados à extrema direita.

Alinhamento Ideológico Sugerido

Com base nas informações disponíveis:

Filiados ou simpatizantes ativos: Perfis que expressam apoio explícito ao CHEGA ou a ideologias alinhadas, como o bolsonarismo (no Brasil), indicam forte identificação com o partido.

Observadores externos ou críticos: Alguns perfis, como jornalistas e comentadores políticos, seguem o CHEGA possivelmente por interesse profissional ou para monitorização crítica.

Presença de Perfis de Influência

Entre os seguidores, destacam-se:

Jornalistas e comentadores: Perfis como os de Judite França e Filipe Santos Costa, que, apesar de seguirem o CHEGA, podem fazê-lo apenas por razões profissionais ou de monitoramento.

Figuras políticas: Perfis de políticos de outros partidos, como António Prôa (PSD), seguem o CHEGA, possivelmente para acompanhamento político.

Notas Adicionais

Uso de humor e ironia: Alguns perfis utilizam humor negro e ironia como forma de expressão política, o que pode servir tanto para engajamento quanto para provocação ou para conseguir altos níveis de alcance na rede social.

Referências culturais e identitárias: O uso de símbolos religiosos, nacionais e culturais reforça uma identidade coletiva entre os seguidores do CHEGA.

Presença internacional: Perfis de outras nacionalidades, como brasileiros e canadianos, indicam um interesse transnacional nas ideias promovidas pelo CHEGA e podem ajudar a explicar o seu bom resultados nos círculos internacionais obtido nas eleições legislativas de 2025.

Esta análise fornece uma visão geral dos seguidores do CHEGA na rede X, destacando a diversidade profissional, os padrões linguísticos e ideológicos comuns, bem como a presença de influenciadores e características distintivas da comunidade que multiplicam o alcance dos conteúdos publicados na página oficial do partido.


PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA
71.9 mil seguidores

A análise dos seguidores do Partido Social Democrata (PSD) na rede X (Twitter) mostra um grupo heterogéneo que reflete a natureza ampla e transversal do partido. A seguir, detalho os diferentes aspetos da composição socioprofissional, linguagem, ideologia, influência e peculiaridades deste universo digital.

Categorias Socioprofissionais
Os perfis indicam um público com boa qualificação profissional, combinando setores institucionais e técnicos:
Profissionais liberais e técnicos: Engenheiros, programadores, advogados e especialistas em cibersegurança são comuns. Exemplo: @joseantonio11 (AI researcher e executivo de TI), @EnioViterbo (advogado e doutorado em História), @nfacha (DevSecOps e OSINT).
Jornalistas e comentadores: Perfis como @albertomt (repórter do ECO), @alineflor (editora ambiental do Público), e @lpinto62 (comentarista político) marcam presença, seja como observadores ou seguidores interessados no espaço político.
Académicos e investigadores: Alguns professores e investigadores aparecem com temas ligados à ciência política e ciências sociais, como @joaoc (ciência política).
Estudantes e licenciados recentes: Inclui jovens formados em ciência política ou comunicação, como @odiogo_silva.
Políticos e ativistas locais: Menção a alguns militantes e simpatizantes com ligações a juventudes partidárias e núcleos locais do PSD.
Empresários ou empreendedores digitais: Pequenos produtores, empreendedores de nicho e profissionais ligados à cultura digital ou comunicação (ex.: @browserd, ex-estratega digital do governo português).

Linguagem nas Biografias
A linguagem dos seguidores do PSD tende a oscilar entre o formal, o institucional e o sarcástico:
Tom formal ou técnico: Frequentemente usado por profissionais de engenharia, ciência ou direito, incluindo detalhes de formação e área de atuação.
Tom institucional ou diplomático: Em perfis com passado europeu ou político, como eurodeputados (@PacoMillanMon).
Tom crítico ou irónico: Alguns perfis expressam frustração com o sistema partidário (“cansado de sustentar 230 famílias”), ou fazem uso de sátira política (@Conta de Paródias, @JoaoCRISTO4444).
Temas recorrentes:
Economia, digital, ciência e liberdade individual.
Valores democráticos, defesa da república, Europa e ocidente (🇵🇹🇪🇺🇺🇸🇮🇱).
Humor político, crítica à esquerda e referências culturais ou religiosas sutis.

Traços Comuns e Padrões Discursivos
Hashtags e expressões comuns:
“Democrata”, “Conservador liberal”, “Europeu moderado”, “livre”, “independente”, “liberdade”.
Emojis com bandeiras nacionais (🇵🇹), ocidentais (🇺🇸, 🇮🇱, 🇺🇦) e ocasionalmente religiosos (✝️).
Frases como “em defesa da liberdade de expressão” e “contra extremismos”.

Autoidentificação:
Muitos seguidores evitam o rótulo partidário explícito. Identificam-se como “republicano”, “racionalista”, “livre-pensador” ou apenas “cidadão”.
Outros mostram preferência pelo PSD ou espectro liberal-conservador sem militância direta.

Alinhamento Ideológico Sugerido
Filiados e militantes: São pouco explícitos, mas observam-se alguns simpatizantes ativos, como perfis de núcleos locais ou jovens afiliados.
Simpatizantes ideológicos: A maioria dos perfis apresenta alinhamento com valores moderados, conservadores, liberais ou democráticos.
Observadores e críticos construtivos: Incluem jornalistas, académicos e analistas que seguem o PSD por interesse, mas que mantêm um tom de independência crítica (ex.: @lpinto62, @RuiMCB).

Perfis de Influência
Académicos e comentadores:
@joaoc – especialista em ciência política.
@EnioViterbo – académico brasileiro com ligação a Portugal.
Jornalistas e media:
@albertomt – jornalista económico.
@alineflor – especialista ambiental e climática.
Europeus e internacionais:
@PacoMillanMon – eurodeputado espanhol do PPE.
@Typhoon20002 – perfil internacional conservador moderado.
Empreendedores e estrategas digitais:
@browserd – ligado à estratégia digital no governo.

Notas Adicionais
Presença de humor e sátira política: Contas como @ContaDeParódias ou @Lord_CAVAQUINHO revelam um uso ativo de ironia e crítica bem-humorada dentro da rede de seguidores.
Dispersão ideológica suave: Muitos seguidores estão entre o centro-direita, o liberalismo económico e o conservadorismo cívico, mas não exibem dogmatismo ou polarização.
Referências culturais e ecléticas: Mencionam-se temas como astronomia, vinil, música, viagens e vinhos, o que denota uma comunidade moderada e com interesses culturais amplos.

Conclusão
A comunidade de seguidores do PSD no X revela uma base composta por profissionais tecnicamente instruídos, politicamente moderados e culturalmente diversos. A linguagem é geralmente contida, mas há espaço para crítica sarcástica e humor político. Com forte presença de técnicos, jornalistas e académicos, a rede de seguidores mostra um perfil mais racional do que militante, frequentemente orientado para valores institucionais, liberdade individual e moderação ideológica — fiel à identidade histórica do PSD como partido reformista de centro-direita.


PARTIDO SOCIALISTA

64.1 mil seguidores

A análise dos seguidores do Partido Socialista (PS) na rede X (Twitter) revela uma base de apoio multifacetada, com perfis que vão desde militantes ativos até cidadãos interessados ou críticos, refletindo a posição do PS como um partido de centro-esquerda com ampla representação institucional. Abaixo segue a análise detalhada, organizada segundo os critérios propostos:

Categorias Socioprofissionais:
A amostra dos seguidores mostra uma forte representação de perfis instruídos e diversificados:
Jornalistas e comunicadores: Incluem profissionais como @alineflor (editora de ambiente no Público), @albertomt (jornalista financeiro no ECO), e @RaulSolisUE (jornalista da Canal Red). Mostram interesse institucional ou afinidade ideológica com o PS.
Académicos e investigadores: Destacam-se nomes como @joaoc (professor de ciência política na NOVA-FCSH), @pedromorgado (psiquiatra e professor universitário), e @ciberesfera (professora de jornalismo e investigadora no CES).
Profissionais liberais e técnicos: Há presença de profissionais da área de tecnologia, DevSecOps, cibersegurança (@nfacha, @BenWest), e ciência (ex.: @Mariastar23 – genética microbiana).
Estudantes e jovens profissionais: Alguns perfis indicam início de carreira, envolvimento com juventudes partidárias (ex.: @goncalofccruz – Juventude Socialista), ou uso da rede com humor e crítica.
Políticos e estruturas partidárias locais: Alguns seguidores representam núcleos locais do PS (ex.: @pssatao), revelando presença de contas institucionais e militantes.

Linguagem nas Biografias:
O tom das biografias varia conforme o grau de envolvimento político:
Formal e institucional: Presente em perfis ligados ao jornalismo, ciência e política ativa (ex.: “Editor”, “Associate Professor”, “Finance Reporter”).
Informal e crítico: Aparecem bios com humor, desabafo ou ironia política (“Cansado de trabalhar para sustentar 230”, “Conta de paródias”, “Filósofo de profissão (não inscrito na ordem)”).
Militante leve: Alguns utilizadores incluem símbolos (🌹, ❤️), slogans ou menções à Juventude Socialista, com linguagem de apoio sem excesso de militância.

Temas frequentes:
Política institucional e democracia europeia: uso de 🇵🇹🇪🇺.
Tecnologia e ciência: cibersegurança, genética, inteligência artificial.
Justiça social e diversidade: pronomes, bandeiras LGBTQIA+ 🏳️‍🌈, temas de igualdade.

Traços Comuns e Padrões Discursivos
Hashtags e slogans:
🌹 e expressões como “socialista democrático”, “esperança na mudança”, “Juventude Socialista”.
Contas paródicas ou irónicas também usam símbolos como ☭ ou #FuckWar, demonstrando humor político ou crítica à esquerda tradicional.

Expressões frequentes:
“Democrático”, “Socialista”, “Europeu”, “Justiça”, “Liberdade”, “Direitos”.

Autoidentificação:
Os perfis que apoiam o PS tendem a ser mais moderados na linguagem, identificando-se como “socialistas democráticos”, “progressistas”, ou simplesmente “europeus”.
Alguns perfis são explicitamente apartidários, mas seguem o PS por interesse temático ou geográfico.

Alinhamento Ideológico Sugerido
Filiados ou militantes: Estão presentes em menor quantidade visível, mas incluem contas como @goncalofccruz e @pssatao. Em geral, a identificação partidária é discreta.
Simpatizantes ideológicos: Vários seguidores demonstram afinidade com valores europeístas, sociais e institucionais – expressos por emojis 🇪🇺, 🌹 e referências à equidade.
Críticos ou observadores externos: Incluem jornalistas, investigadores e humoristas que seguem o PS por motivos de monitorização de conteúdos ou crítica construtiva. Também há alguns perfis com linguagem libertária ou anticrise institucional (ex.: @HonestlyNaoSei).

Perfis de Influência
Académicos:
@joaoc – especialista em comportamento eleitoral e ciência política.
@pedromorgado – psiquiatra com forte presença pública e institucional.
@ciberesfera – ativista feminista e investigadora.
Jornalistas e media:
@alineflor – editora climática no Público.
@RaulSolisUE – jornalista abertamente progressista.
@cnnportugal e @telesurenglish – seguem e são seguidos, indicando ligação mediática institucional.
Profissionais de tecnologia e ciência: @BenWest, @nfacha, @Mariastar23 – indicam um público tecnocientífico com inclinações sociais.

Notas Adicionais
Humor e crítica institucional: Contas como “Ministro dos Assuntos Irrelevantes” e perfis paródicos são comuns entre seguidores, indicando um eleitorado que alterna entre apoio e ironia.
Referências culturais e artísticas: Ocasionalmente, surgem artistas, músicos de intervenção (@TvdaPita181594), e perfis literários.
Civismo digital e institucionalismo: Perfis que mencionam GDPR, compliance, diplomacia e tecnologia indicam seguidores mais voltados ao centro político e preocupações com política pública.

Conclusão
Os seguidores do Partido Socialista no X apresentam um perfil predominantemente técnico, educado e urbano, com forte presença de profissionais ligados à ciência, media e tecnologia. A linguagem tende ao institucional e civilizado, ainda que permeada por ironia e crítica política em alguns casos. O PS, sendo um partido de governo, atrai tanto simpatizantes como críticos interessados, refletindo a sua posição de centro-esquerda moderada e pró-europeia. A base revela maturidade política, envolvimento com causas sociais e sensibilidade institucional, marcada mais pela ponderação do que pela militância explícita.


LIVRE
42 mil seguidores

Com base na análise dos seguidores públicos do partido LIVRE na rede X (antigo Twitter), observa-se uma comunidade composta por perfis com forte sensibilidade política, formação académica elevada e engajamento ambiental e social. A seguir, a análise detalhada por categorias solicitadas:

Categorias Socioprofissionais

Os seguidores do LIVRE demonstram um perfil altamente qualificado do ponto de vista educacional e técnico, com predomínio nos seguintes grupos:

Académicos e investigadores: São particularmente frequentes. Destacam-se perfis como @joaoc (professor de ciência política na Nova-FCSH), @pedromorgado (psiquiatra e professor universitário), @rtorres (sociólogo e investigador), e @alineflor (jornalista ambiental com formação internacional).

Profissionais liberais e técnicos especializados: Encontram-se psiquiatras (@vitorpimenta), jornalistas (@albertomt, @alineflor), administradores de sistemas (@ruicruz), designers gráficos e coders.

Estudantes e jovens profissionais: Embora não tão explicitamente como noutros partidos, há presença de jovens em formação ou início de carreira em áreas como informática e comunicação.

Ativistas digitais e ambientais: Muitos seguidores têm ligação a causas ambientais, defesa da privacidade digital, ou movimentos anticapitalistas e progressistas.

Linguagem nas Biografias

O tom e os conteúdos das biografias dos seguidores do LIVRE revelam profundidade crítica e expressão de causas:

Tom dominante:

Técnico-informativo: Para académicos, jornalistas e cientistas.

Militante e identitário: Com destaque para causas climáticas, sociais e de direitos humanos.

Poético e pessoal: Como no caso de @Horacio_Santos, que cita versos de poesia para expressar sua visão de mundo.

Temas frequentes:

Clima e sustentabilidade: Recorrência de palavras como climate, environment, green, e uso de emojis como 🌱 e 🌍.

Identidade de género e diversidade: Muitos utilizadores incluem pronomes, bandeiras e sinalizadores LGBTQIA+ (he/him, ela/she, etc.).

Europa e internacionalismo: Uso de 🇵🇹🇪🇺🇺🇦 e menções a redes como a RISJ Oxford Climate Network indicam uma visão internacionalista.

Tecnologia e direitos digitais: Vários perfis mencionam envolvimento com segurança, software livre, ou gestão de sistemas.

Traços Comuns e Padrões Discursivos

Expressões e slogans frequentes:

Menções a antifascismo, anticapitalismo, direitos digitais e clima são comuns.

Uso do símbolo 🔻 (triângulo vermelho invertido) e da melancia 🍉 continua a marcar identidades de esquerda não-partidária e pró-palestina.

Estilo discursivo:

Autoidentificações como “não alinhado”, “de esquerda”, ou “No Gods, No Masters” indicam uma base crítica, pouco dogmática.

Alguns perfis são marcados por humor seco ou ironia (“o tuita é um lugar estranho”), revelando cansaço cívico ou desencanto institucional.

Alinhamento Ideológico Sugerido

Filiados e militantes: Poucos perfis declaram diretamente filiação ao LIVRE, o que pode indicar uma base de simpatizantes mais ideologicamente próxima do que organicamente integrada.

Simpatizantes e próximos ideológicos: Vários utilizadores expressam forte alinhamento com causas caras ao LIVRE — ambiente, federalismo europeu, justiça social — mas preferem manter a identidade política fluida.

Observadores críticos: Incluem jornalistas e académicos que seguem o partido mais por interesse profissional do que adesão ideológica explícita.

Perfis de Influência

Académicos:

@joaoc (João Cancela): referência em ciência política e comportamento eleitoral.

@pedromorgado: voz respeitada na saúde mental.

Jornalistas e comunicadores:

@alineflor: editora ambiental do Público, envolvida em redes internacionais.

@albertomt: jornalista financeiro do ECO.

Ciberativistas:

@ruicruz: fundador do Tugaleaks, ligado à defesa da liberdade na internet.

Notas Adicionais

Referências culturais e literárias: Perfis como o de @Horacio_Santos incluem trechos de poesia (Vinicius de Moraes), revelando uma estética intelectualizada.

Humor político e ironia: Vários utilizadores demonstram uso de linguagem oblíqua e memes para expressar críticas ao status quo.

Presença técnica e geek: Há forte presença de profissionais de IT, open source e administradores de sistemas, revelando um núcleo digitalizado, informado e tecnopolítico.

Conclusão

A rede de seguidores do LIVRE na plataforma X revela um ecossistema altamente instruído, culturalmente sofisticado e politicamente progressista, ainda que menos explicitamente militante do que o de outros partidos de esquerda. O partido atrai uma base que valoriza a diversidade, o ambientalismo, os direitos civis e a tecnologia crítica, com tom civilizado, técnico e identitário. É uma comunidade que pensa e se posiciona mais por convicção do que por lealdade partidária.


CDS-PP
31.8 mil seguidores

A análise dos seguidores do CDS-PP (Centro Democrático Social – Partido Popular) na rede X (Twitter) revela uma base plural, marcada por valores conservadores, patrióticos, religiosos e institucionais. Os perfis oscilam entre tradicionalismo político moderado, liberalismo económico, e um discurso por vezes nostálgico, irónico ou nacionalista. Abaixo, segue uma descrição estruturada por categorias:

Categorias Socioprofissionais
A presença profissional entre os seguidores é variada, mas com predominância em áreas ligadas à técnica, direito, comunicação e empreendedorismo:
Profissionais liberais e técnicos:
Juristas e advogados são bem representados (ex.: @sergiodvniel – jurista; @x_coimbra – economista).
Programadores e engenheiros ligados à tecnologia aparecem também com frequência (ex.: @gabriribeira – software engineer; @nfacha – DevSecOps).
Empresários e consultores:
Alguns perfis destacam-se como investidores ou especialistas em marketing digital (ex.: @carlosfsilvapt – investidor e educador financeiro; @pedrolicio_ – consultor de e-commerce).
Académicos e formadores:
Casos como @FredCarvalho (docente universitário e autor) evidenciam presença em contexto educativo/formativo.
Jornalistas e analistas políticos:
Poucos, mas perfis como @albertomt (repórter do ECO) e @browserd (estratega digital ex-GovPT) seguem o CDS-PP, possivelmente por interesse profissional.
Estudantes e jovens profissionais:
Alguns jovens perfis mencionam formação académica em ciências sociais, direito ou engenharia.
Figuras políticas:
Mencionam-se simpatizantes de partidos à direita (ex.: @JoaoLopesAleixo, deputado do CHEGA), o que sugere a existência de uma interseção entre seguidores conservadores.

Linguagem nas Biografias
Tom predominante:
Formal-institucional: Perfis que destacam formação, profissão e valores conservadores (ex.: “jurista ⚖️”, “CEO”, “consultor”).
Irónico ou filosófico: Alguns bios contêm frases reflexivas ou citações humorísticas, como “think first 🧠 never obey” ou “There is no such thing as a free lunch”.
Militante contido: Uso de palavras como “liberdade”, “democrata”, “república”, “patriota”, “conservador”, mas com menor carga panfletária do que outros partidos.

Temas recorrentes:
Defesa da liberdade individual, propriedade, tradição, família, racionalidade, economia de mercado.
Crítica ao coletivismo, ao politicamente correto e à “esquerda identitária”.
Identidade cultural e valores cristãos ocorrem pontualmente.

Traços Comuns e Padrões Discursivos
Expressões e slogans recorrentes:
“Centro-Direita”, “Pensamento livre”, “Conservador”, “Cristão”, “Contra a desinformação”, “Democracia e tradição”.
Emojis e símbolos:
🇵🇹 e 🇪🇺 com frequência, ocasionalmente 🇨🇭 ou 🇮🇱; ✝️ (religioso), 📈 (economia), ⚖️ (direito), 🎓 (formação).
Algumas biografias incluem hashtags genéricas como #liberdade, #direito, #patriotismo.

Autoidentificação:
“Democrata republicano”, “cristão conservador”, “centro-direita”, “anti-coletivista”, “libertário pós-subsídio” (com ironia).
Várias biografias expressam frustração política ou “cansaço do sistema”.

Alinhamento Ideológico Sugerido
Filiados ou apoiantes diretos:
Raros, embora perfis como @JoaoLopesAleixo (ligado ao CHEGA) indiquem apoio cruzado entre partidos à direita.
Simpatizantes conservadores:
Muitos utilizadores revelam sintonia com os valores tradicionais do CDS, como a defesa da família, religião, ordem e economia liberal.
Independentes ou críticos do sistema:
Perfis como @HonestlyNaoSei usam ironia para expressar descontentamento geral com a política, mas com inclinação liberal ou antiestatista.
Conservadores culturalmente engajados:
Alguns utilizadores (ex.: @Capitalcostumes) fundem comentário político com discurso cultural, estético ou moralista.

Perfis de Influência
Académicos e empreendedores:
@FredCarvalho – docente e autor de livro sobre marketing digital.
@carlosfsilvapt – educador e investidor financeiro.
Comunicação digital e análise:
@browserd – antigo estratega digital do governo.
@joaorocha_pt – utilizador ativo no debate de centro-direita.
Políticos com envolvimento partidário (ou interpartidário):
@JoaoLopesAleixo – deputado do CHEGA, mostra interesse cruzado com seguidores do CDS.

Notas Adicionais – Características Inesperadas
Presença interpartidária: Alguns seguidores têm filiação ou afinidade explícita com o CHEGA ou IL, revelando uma zona cinzenta de transferência ou simpatia entre partidos da direita.
Humor político discreto: Algumas biografias revelam ironia elegante ou pessimismo cívico (“unburdened by what has been”, “politically depressed”, “Omem Sériu”).
Referências a autoeducação e finanças pessoais: Abundam os perfis ligados à cultura de autoajuda financeira, investimento e produtividade.
Conservadorismo digitalizado: Muitos perfis são ativos no mundo digital, com ligação a tecnologia, cultura online e redes de debate liberal/conservador.

Conclusão
A comunidade de seguidores do CDS-PP no X representa um núcleo conservador-intelectualizado, com presença significativa de profissionais liberais, investidores, juristas e técnicos digitais. O discurso é em geral moderado e racional, com valorização da tradição, ordem e liberdade económica. Há pouca presença de militância explícita, mas forte identidade político-ideológica implícita, num tom mais “institucional-cético” do que panfletário. O CDS-PP mantém, assim, uma base discreta mas coesa de centro-direita, intelectualizada, e atenta ao cruzamento entre  política e cultura digital.


Bloco de Esquerda (BE)
18.8 mil seguidores

A análise dos seguidores do BE na rede X (Twitter) revela uma comunidade diversa e altamente engajada em causas sociais, políticas e culturais. Abaixo segue uma descrição detalhada por dimensão:

Categorias Socioprofissionais

A diversidade profissional é notória e reflete o ecletismo da base de apoio do BE:

Académicos e investigadores: Muitos seguidores identificam-se como professores universitários, investigadores em ciências sociais, ciências políticas, história ou genética microbiana (ex.: @joaoc, @Francisco Silva 𓁧, @Mariastar23).

Jornalistas e editores: Perfis como os de @hmltorres (TimeOut, ex-Público), @cvazmarques (editor), @rafaelvieira e @susanabarros mostram ligação ao jornalismo cultural e político. Contudo, podem não ser “seguidores” mas apenas profissionais que estão atentos às publicações institucionais do BE.

Estudantes e jovens profissionais: Há presença visível de estudantes em áreas como ciência política, informática e ciências sociais, com forte engajamento político ou artístico.

Ativistas e dirigentes partidários: Aparecem dirigentes como @jorgecosta e políticos como @guilhermecortez (PSOL-SP), assim como ativistas ligados ao feminismo, antifascismo e ambientalismo.

Artistas e criadores: Alguns músicos e designers identificam-se como “interventivos” ou ligados à arte política (@TvdaPita181594, @alvarogois).

Consultores e profissionais digitais: Casos como @pedrolicio_ (e-commerce e marketing digital) aparecem em menor número, mas presentes.

Linguagem nas Biografias

A linguagem das biografias revela uma identidade coletiva de resistência, idealismo e crítica social:

Tom predominante: Informal e militante, com traços irónicos e/ou poéticos. Muitos utilizam descrições subjetivas, filosóficas ou identitárias (“Eternally displaced”, “anti-fascist”, “de esquerda, não alinhado”).

Temas recorrentes:
Causas sociais e políticas: direitos humanos, justiça social, antifascismo, feminismo, ambientalismo, anticapitalismo.
Identidade de género e orientação sexual: Uso de pronomes (he/him, they/them), bandeiras LGBTQIA+, emojis de inclusão.
Cultura alternativa: Referências a música, arte, RPG (ex.: “history of DnD”), cultura geek.
Ciência e educação: Mencionam áreas de estudo, graus académicos e universidades nacionais e estrangeiras (ISCTE, Nova-FCSH, Georgetown).

Traços Comuns e Padrões Discursivos
A comunidade mostra coesão discursiva através de símbolos e vocabulário:

Hashtags e símbolos:
🔻 (triângulo invertido vermelho): símbolo tradicional do antifascismo.
🍉 (melancia): símbolo usado por militantes de esquerda como paródia ou código para referir a defesa da causa palestina e a crítica às operações militares de Israel em Gaza.
Frases como “No Gods, No Masters”, “Woke Agenda Power”, ou “Liberté Égalité Fraternité” são comuns.

Expressões frequentes: “anti-capitalist”, “antifascista”, “make the world a better place”, “woke”, “anti-sistema”, “não alinhado”, “justice”, “igualdade”.

Autoidentificação: Muitos seguidores explicitam ideologias (socialista, woke, antifascista), pertencimento (PSOL, Podemos, Bloco, LFI, BNG), ou função social (“músico de intervenção”, “consultor político”, “cientista”).

Alinhamento Ideológico Sugerido
A partir da análise das biografias e dos nomes de utilizador:
Filiados e militantes: Diversos perfis estão diretamente ligados ao Bloco de Esquerda ou partidos congéneres (PSOL, Podemos, LFI). Ex: @jorgecosta, @cortezpsol, @podemosmexico.
Simpatizantes ideológicos: Muitos utilizadores se identificam com valores progressistas, mesmo sem ligação partidária explícita, como @Megas, @laughincascade ou @rtorres.
Críticos e observadores externos: Alguns perfis como jornalistas, académicos ou políticos de outros partidos (ex.: @antonioproa, do PSD) seguem o BE possivelmente por interesse profissional ou para acompanhar debates.

Presença de Perfis de Influência
Encontramos uma representação relevante de figuras influentes:
Jornalistas e editores: Hugo Torres (TimeOut), Carlos Vaz Marques, Susana Barros.
Académicos e investigadores: João Cancela (professor na Nova), Francisco Silva (PhD em Sociologia e Religião), rt (sociologist).
Políticos de esquerda: Jorge Costa (dirigente do BE), Guilherme Cortez (deputado PSOL), Ana Miranda (eurodeputada BNG).
Internacionais: @DecioMachadoF (consultor político em geopolítica crítica), @LauAlexandre12 (deputado francês da LFI).

Notas Adicionais
Humor e paródia política: Há presença de contas abertamente satíricas e performativas (“Conta de paródias”, @becomingalien).
Internacionalismo: Vários seguidores são de partidos congéneres fora de Portugal (ex.: Podemos, PSOL, LFI, Demos).
Estética digital e códigos culturais: Muitos perfis usam emojis, tipografias alternativas, signos de fandom (kpop, anime), ou linguagens de software (@emic713).

Esta análise retrata uma base de seguidores com elevada diversidade socioprofissional e forte coesão ideológica em torno de valores progressistas. O tom predominante nas biografias revela um grande engajamento político-cultural, com uma presença relevante de intelectuais, ativistas e artistas. A rede de seguidores do BE combina uma linguagem alternativa com discurso crítico e inclusivo, refletindo a identidade multifacetada da esquerda contemporânea online.


PAN
13.3 mil seguidores

A análise dos seguidores do PAN – Pessoas-Animais-Natureza na rede X (Twitter) revela uma comunidade plural, com forte presença de ambientalistas, cientistas, jovens ativistas e utilizadores culturalmente engajados. Esta rede distingue-se por um discurso emocionalmente envolvido com causas ecológicas, direitos dos animais, ciência e justiça social.

Categorias Socioprofissionais
Os perfis seguem uma linha de diversidade intelectual e militância sociocultural:

Cientistas e investigadores: Perfis de biólogos marinhos, imunologistas, geneticistas e investigadores em áreas como microbiologia e ciência ambiental são notáveis. Ex.: @rita_here25 (bióloga marinha), @rsoares (imunologista), @Mariastar23 (genética microbiana), @piroxena (geóloga marinha).
Jornalistas e editores: Alguns perfis ligados à imprensa (ex.: @hmltorres da TimeOut, @alineflor do Público) seguem o PAN por interesse profissional ou afinidade temática com ambiente e direitos.
Ativistas e políticos ligados a partidos próximos: Inclui personalidades como @anamirandapaz (eurodeputada BNG), @EsmeHernandezSi (senadora colombiana anti-touradas), @asier_esparza (coordenador do PACMA – partido animalista espanhol).
Profissionais técnicos e digitais: Informáticos, engenheiros e sysadmins aparecem com menor frequência, mas existem (ex.: @nfacha, @ruicruz).
Estudantes e jovens artistas: Muitos perfis são de jovens com interesses em cultura pop, arte, veganismo e causas sociais.

Linguagem nas Biografias:
A linguagem é variada, refletindo a natureza híbrida entre ativismo e identidade digital:

Tons predominantes:
Militante: Apoio ativo a causas animais, climáticas e sociais. Emojis como 🌱, 🐾, 🦁, 🌍, e frases como “luta por um mundo sem opressão” são frequentes.
Institucional-técnico: Em perfis ligados à ciência, com linguagem mais precisa, descritiva e voltada à função profissional.
Afetivo e poético: Muitos bios usam frases literárias ou expressões suaves de posicionamento: “sou algarvio e a minha rua tem o mar ao fundo”.
Informal/criativo: Perfis com humor, sátira leve ou estética de fandom digital (“comuniste, anticapitaliste e cheia de amor ✊”).

Temas recorrentes:
Direitos dos animais, veganismo, antifascismo, ambiente, ciência e arte.
Interseccionalidade de género, identidade e justiça climática.
Cultura e estética alternativa.

Traços Comuns e Padrões Discursivos
Expressões, hashtags e slogans:
“#NoMásOlé”, “antifascista”, “animalista”, “anticapitalista”, “ambientalista”, “por um mundo melhor”.
Emojis como 🌱, 🌻, ✊, 🏳️‍🌈, ⚧️ e 🐾 são comuns.
Autoidentificação:
Muitos utilizadores identificam-se com causas em vez de partidos: “anticapitalista e cheia de amor”, “bióloga marinha”, “editor ambiental”, “arte|teoria|revolução”.
Alguns indicam explicitamente sua identidade de género, pronomes (ex.: “she/her”, “elu/delu”) ou orientação (🏳️‍🌈).

Alinhamento Ideológico Sugerido
Filiados ou ativistas diretos: Embora poucos se assumam como membros do PAN, vários seguem as pautas do partido com grande proximidade ideológica.
Simpatizantes temáticos: A maioria dos seguidores parece alinhar-se com o PAN por causa das suas bandeiras (direitos dos animais, ecologia, pacifismo) mais do que por identificação partidária tradicional.
Observadores externos: Inclui jornalistas, artistas e cientistas que, embora não partidários, acompanham o PAN por alinhamento parcial ou interesse temático.

Perfis de Influência
Jornalismo e opinião pública:
@hmltorres (TimeOut Lisboa), @alineflor (Público Azul).
Ciência e academia:
@Mariastar23, @rsoares, @piroxena – figuras com visibilidade nas ciências biológicas e ambientais.
Política externa ligada a temas animalistas/ambientais:
@EsmeHernandezSi, @asier_esparza, @anamirandapaz.
Digital e cultura:
@ruicruz – ligado ao ativismo digital.
@nx – perfil jovem, criativo, ligado à cultura alternativa.

Notas Adicionais – Características Inesperadas
Elevada presença de perfis queer, feministas e interseccionais: Indicando uma fusão entre política ambiental, identidade de género e direitos civis.
Estética “alternativa-digital”: Muitos perfis usam arte ASCII, nicknames personalizados, bios com linguagem de fandom, emojis e emojis compostos (✿◕ ‿ ◕✿).
Crítica sistémica expressa com doçura ou sarcasmo: A crítica é frequente, mas frequentemente mediada por afeto, poesia ou humor (“a minha arte ecoa a voz do povo”, “perfil apenas para descontrair, não levem a sério”).
Presença significativa de utilizadores internacionais (🇨🇴 🇺🇸 🇪🇸 🇩🇰): Revela um alcance temático global da mensagem do PAN, sobretudo em causas animalistas e ecológicas.

Conclusão
A rede de seguidores do PAN na plataforma X representa uma comunidade ideologicamente coesa, mas esteticamente plural, que articula ciência, arte, juventude e causas sociais. Com forte presença de profissionais da ciência, jovens ativistas e simpatizantes internacionais, os seguidores do PAN misturam racionalidade técnica com uma linguagem emocional e culturalmente engajada. O PAN atrai menos militância partidária formal e mais adesão orgânica em torno de valores como empatia, ecologia, justiça e diversidade.


JPP
195 seguidores (!)


A análise dos seguidores do JPP – Juntos Pelo Povo na rede X (Twitter), ainda que com uma base muito pequena (195 seguidores), revela um conjunto bastante eclético, entre apoiantes regionais da Madeira, simpatizantes de causas descentralizadoras e utilizadores interessados em política local, europeia ou alternativa. A seguir, a descrição detalhada:

Categorias Socioprofissionais
Apesar da amostra limitada, é possível identificar algumas categorias socioprofissionais com maior presença:
Políticos e ativistas locais: Inclui membros e representantes do próprio JPP, como @lvioSousa2 (deputado e secretário-geral do partido), @pmsombrapt (candidato em Setúbal), e @TiagoAlbuq74 (ex-deputado em Carcavelos-Parede).
Académicos e estudantes: Aparecem utilizadores ligados à ciência política (@m_lbaeta), história (@joaooli2620, @migminho52) e formação técnica ou administrativa (@elviopxo).
Jornalistas e editores: Perfis como @amtmachado21 (do Observador) e @EuropaHoje demonstram acompanhamento profissional da política.
Profissionais técnicos: Existem técnicos em logística e gestão (@costajoaomah), segurança, e tecnologia.
Utilizadores generalistas e culturais: Vários perfis indicam ocupações artísticas, literárias ou de comentário informal, como @rurishomini (liberal assumido) ou @Josevndlatella (cosmopolita espiritual e cultural).

Linguagem nas Biografias
Tom predominante:
Institucional ou descritivo: Deputados e representantes usam linguagem factual, com menção direta a cargos e funções.
Cívico ou idealista: Alguns seguidores expressam motivações como “democrata”, “autonomista”, “liberal”, “idealista”, “pacifista”.
Criativo ou alternativo: Em perfis como @OpinionsMind ou @nerdo_ofc, surgem bios com uso de tipografia artística, emojis e tom subjetivo.
Informal ou irónico: Alguns bios têm humor leve, reflexões ou ironia política como em @notadez (“jovem estudante de direita | anti-comunista”).

Temas frequentes:
Política local e regional (Madeira, descentralização, freguesias).
Causas europeias e internacionais (🇪🇺, 🇵🇸, 🇺🇦).
Liberdade, democracia, valores cristãos e moderação política.
Identidade cultural e literária (arqueologia, história, poesia).

Traços Comuns e Padrões Discursivos
Expressões e hashtags recorrentes:
“Autonomista”, “centro”, “liberal”, “contra a centralização”, “democracia local”.
Emojis simbólicos como 🇵🇹, 🇪🇺, 🕊️, ✝️, 🦄 e bandeiras nacionais ou regionais.

Autoidentificação:
Vários utilizadores definem-se como “liberais”, “democratas”, “cristãos”, “cidadãos atentos” ou “idealistas”.
Alguns apresentam clara identidade ideológica de direita moderada (ex.: “anti-comunista”, “centro-direita”), outros como “de esquerda” (@MPinto94984), demonstrando uma base relativamente heterogénea.

Alinhamento Ideológico Sugerido
Filiados e representantes diretos:
Vários estão ligados formalmente ao partido (ex.: Élvio Sousa, pmsombrapt).
Simpatizantes regionais e civicamente engajados:
Seguidores da Madeira ou de círculos fora de Lisboa expressam apoio à autonomia e à descentralização — causas defendidas pelo JPP.
Observadores externos e independentes:
Alguns jornalistas, estudantes e cidadãos interessados na política mostram-se neutros mas atentos ao posicionamento do JPP como força local e não tradicional.

Perfis de Influência
Políticos do partido:
@lvioSousa2 – secretário-geral.
@pmsombrapt – candidato.
Académicos e estudantes politizados:
@m_lbaeta – ciência política.
@joaooli2620 – estudante de história.
Jornalismo:
@amtmachado21 – jornalista do Observador.
Comentadores e ativistas digitais:
@rurishomini e @FredRibeiro – perfis fortemente ativos no debate liberal.

Notas Adicionais – Características Inesperadas
Diversidade ideológica inesperada: Apesar de ser um partido moderado e regional, os seus seguidores incluem desde simpatizantes da esquerda ibérica até jovens de direita anticomunista, revelando um espectro plural e transversal.
Cultura regional e europeia combinada: O JPP é fortemente madeirense, mas seus seguidores mostram interesse em política europeia, multiculturalismo e causas globais (ambiente, paz, Palestina/Ucrânia).
Estilo visual digitalizado: Emojis, símbolos religiosos, signos astrológicos e bandeiras múltiplas são usados para comunicar identidade ideológica ou emocional.
Presença de jovens utilizadores alternativos: Alguns perfis parecem menos políticos e mais engajados culturalmente ou digitalmente, com estética de internet alternativa e cripto-tecnológica.

Conclusão
A rede de seguidores do JPP é modesta em número, mas rica em diversidade cívica e ideológica. Com um núcleo institucional ligado ao partido, a comunidade também inclui académicos, jovens idealistas, defensores da descentralização e utilizadores de perfil criativo ou crítico. A linguagem é predominantemente cívica e identitária, com ênfase em autonomia, democracia e liberdade. O JPP, mesmo como partido de base regional, atrai uma rede nacional e internacionalizada, interessada tanto na política local quanto em debates amplos sobre democracia, cultura e soberania.


PCP
29,7 mil seguidores

Com base na amostra de perfis de seguidores do PCP (@pcp_pt) no X (antigo Twitter), eis a análise estruturada focada nos padrões linguísticos, traços comuns e perfis sociodiscursivos dos utilizadores:


Análise dos Seguidores do PCP no X

Categorias socioprofissionais (estimadas com base nas biografias)

Entre os seguidores analisados, temos:

CategoriaExemplosNº aprox.
Ativistas ou militantes@nunomarquescp, @PJC_1972, @FilipeNeves3–4
Estudantes / jovens@emo_teemo, @eduardog3000, @notphoebe9093–4
Anónimos / pseudónimos@Anonimo1186, @DarkMeco, @GeorgeWhit274184–5
Profissionais culturais@notphoebe909 (música, performance), @CarlosStLobo2
Sem informação clara@jorgevila442, @JVBGuedes, @Vieir16Luis, @zdrale916424+

Registamos um peso significativo de utilizadores anónimos, pseudónimos ou com linguagens não institucionais, o que indica diversidade de origens e também uma relação menos formal com a rede.


Linguagem usada nas biografias

a) Linguagem de confronto e resistência

  • “Mocking the powerful to spark debate”
  • “não me conseguirão calar”
  • “Democrata Radical. Intolerante com os corruptos”
  • “🇮🇷 has the right to defend itself”

Linguagem direta, com vocabulário de oposição sistémica, denúncia e resistência política. Mostra alinhamento com uma narrativa antissistema ou anti-imperialista.

b) Autoidentificação emocional ou neurodivergente

  • “Autistic boy way too interested in politics”
  • “self-diagnosed people pleaser with ADHD”
  • “cognitivamente insuficiente”

Presença de linguagem pessoal e confessional, com referências a saúde mental e identidade neurodivergente, expressas com informalidade ou humor negro.

c) Humor e niilismo digital

  • “30 Caralho”
  • “My opinion should matter” (sem contexto)
  • “smol games uwu”

Mistura de linguagem irónica, autoindulgente, ou existencial, muito comum na cultura jovem online, mas aqui cruzada com traços políticos.

d) Internacionalismo militante

  • Emojis e bandeiras que referem causas:
    • 🇵🇸 🇾🇪 🇮🇷
    • Hashtags como #CovidIsNotOver
    • Termos como “justice based on ethics, rationality, law…”

Solidariedade internacional e discursos anti-imperialistas são visíveis em várias bios.


3. Traços comuns nos perfis dos seguidores do PCP no X

  • Emojis com forte carga simbólica: bandeiras políticas, LGBTQIA+, e referências ideológicas (🔻 – símbolo tradicional da esquerda radical).
  • Prevalência de nomes informais ou fictícios: “Meco”, “Cute Ever”, “Ezequiel Valadas”, “unlockcare” → maior anonimato ou performance identitária.
  • Tom predominantemente informal e ativista, em contraste com bios tecnocráticas ou institucionais.

4. Alinhamento ideológico sugerido

A maioria dos perfis analisados apresenta traços de:

  • Esquerda radical ou comunista,
  • Anti-imperialismo,
  • Defesa de causas internacionais (Palestina, Irão),
  • Descontentamento com instituições convencionais,
  • Forte componente de contracultura digital e sátira política.

5. Conclusão

Os seguidores do PCP no X distinguem-se por uma linguagem:

  • Menos formal e mais combativa;
  • Com forte presença de identidade política emocional ou existencial;
  • E um uso elevado de humor, ironia e anonimato.

Há uma clara presença de ativistas, jovens de esquerda, perfis anónimos politicamente engajados e utilizadores que usam a plataforma como forma de resistência simbólica.




Com base na análise detalhada dos perfis de seguidores dos partidos com assento parlamentar na rede X (Twitter), é possível extrair um conjunto de conclusões estruturadas que iluminam a diversidade ideológica, socioprofissional e simbólica da política portuguesa digital. Abaixo, apresento uma síntese crítica dividida por eixos interpretativos:


1. Mapa Ideológico Digital: Clivagens e Convergências

Polarização sem Redução

A paisagem digital dos partidos revela uma polarização crescente, mas não simplificadora. Há zonas de contacto inesperado (por exemplo, tecnocratas no IL, CDS e PSD), coexistindo com bastiões ideológicos sólidos (como BE, CHEGA e PCP).

Extremos com Voz Própria

  • CHEGA e BE reúnem comunidades com forte alinhamento ideológico, onde o discurso identitário e confrontacional predomina. Ambas as margens mobilizam símbolos, humor e ativismo, embora em direções opostas: nacionalismo vs. internacionalismo, conservadorismo vs. progressismo.
  • PCP mantém um núcleo contracultural, anticapitalista e informal, com juventude ideologicamente engajada, mas expressivamente marginal ao discurso institucional.

Centro fluido

  • PS, PSD, CDS e IL compartilham zonas de sobreposição entre pragmatismo, tecnocracia e moderação. Contudo, diferem na estética discursiva:
    • PS: institucional, civilizado, com crítica subtil.
    • PSD: racional, moderado e culturalmente eclético.
    • IL: provocador, técnico e digitalmente libertário.
    • CDS: conservador e cético, com humor discreto.

2. Perfis Socioprofissionais: Partidos como Espelhos de Nichos

Alta Qualificação Académica

Há uma sobrerrepresentação de académicos, investigadores e profissionais de tecnologia entre os seguidores de LIVRE, PAN, IL, PSD e PS. A política no X tende a ser dominada por uma elite instruída, que expressa causas e identidades com vocabulário especializado.

Segmentos Técnicos e Jurídicos

  • IL, PSD e CDS possuem bastantes perfis ligados a TI, engenharia, direito e economia — indicando um apelo a profissionais liberais, autónomos e gestores.
  • CHEGA também possui perfis técnicos, mas combinados com ativistas nacionalistas e influenciadores ideológicos.

Ativismo e Cultura

  • BE e PAN destacam-se por atrair criadores, artistas, jovens alternativos e ativistas das causas sociais e ecológicas.
  • O LIVRE combina este perfil cultural com uma elite académica sofisticada e internacionalizada.

3. Estilos Discursivos: A Estética da Política Digital

Tons Principais

  • Formalismo institucional → PS, PSD, CDS (em parte).
  • Ironia e sátira → BE, IL, PCP (subversão do institucional).
  • Identidade militante e simbólica → CHEGA, BE, PAN, PCP.
  • Tecnocracia e eficiência racional → IL, PSD, PS.

Uso de Emojis, Hashtags e Bios Criativas

  • Os seguidores da IL, PAN e BE fazem uso intensivo de emojis identitários (🐍, 🌱, 🔻, 🏳️‍🌈), slogans, e humor digital.
  • CHEGA usa emojis religiosos (✝️), patrióticos (🇵🇹🇧🇷) e slogans confrontacionais (“sem mimimi”).
  • PSD e CDS mantêm uma sobriedade estilística, embora com zonas de sarcasmo bem articulado.

4. Geografia Digital e Internacionalização

  • CHEGA, PCP, BE, LIVRE e PAN possuem perfis internacionais entre os seguidores — especialmente do Brasil, Espanha, França, Colômbia, Canadá e EUA — refletindo tanto ligações ideológicas como redes temáticas transnacionais.
  • O JPP, apesar de pequeno, também demonstra interesse europeu e cultural amplo, desafiando a ideia de que partidos regionais são “fechados”.

5. Militância vs. Observação Crítica

  • A maioria das comunidades apresenta um núcleo restrito de militantes formais, sendo a rede ocupada sobretudo por simpatizantes temáticos e observadores críticos.
  • Isso é notável no PS, PSD, CDS e LIVRE, onde há recuo da filiação explícita e ascensão do “cidadão informado”, técnico ou institucionalista.
  • Em contraste, CHEGA, BE e PCP concentram maior volume de militância declarada e ativismo contínuo.

6. Notas Finais: A Política na Era da Estética Digital

  • Estética conta tanto quanto ideologia: Os partidos não se definem apenas por bandeiras, mas por como são estetizados online.
  • A linguagem poética, memeificada ou tecnocientífica constrói pertenças afetivas e tribos simbólicas que transcendem a lógica do voto.
  • As redes sociais como o X não refletem o eleitorado médio, mas sim as franjas mais expressivas, críticas ou criativas de cada partido — oferecendo uma janela para o imaginário político em circulação.

Conclusão Geral

A análise dos seguidores dos partidos no X mostra que a política portuguesa digital é plural, segmentada e altamente simbólica. Mais do que um espelho dos votos, o X revela os valores culturais, as identidades de classe e as estéticas discursivas que orbitam cada força partidária. Conhecer esses perfis permite compreender melhor não apenas quem apoia cada partido, mas como se constroem comunidades políticas no espaço digital – onde o que se diz, como se diz e com que ícone se assina tem tanto peso quanto uma filiação formal.

Respostas de 3 a “​​Análise dos perfis dos seguidores dos partidos no Parlamento na rede social X (Twitter): um retrato dos partidos portugueses [corrigido]”

  1. Avatar de O Rabugento
    O Rabugento

    Consideram a IL tem um discurso libertário, mas depois não a enquadram como extrema direita?

    Em sentido contrário, nada do que é descrito relativamente ao BE permite caracterizar como extremista, mas depois enquadram-nos como extremistas?

    O trabalho até poderia ter algum interesse, mas a ausência de critérios internos de caracterização revela ou profundo amadorismo ou um evidente viés.

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  2. Avatar de Catarina
    Catarina

    Tenham vergonha, amigos: https://x.com/pcp_pt

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    1. Avatar de Rui Martins
      Rui Martins

      tem razão:
      vamos corrigir.

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CITAÇÂO da SEMANA

“A essência da democracia participativa é a participação significativa na tomada de decisões e na formulação de políticas.”
Carole Pateman
“Participação e Teoria Democrática” (1970)